Um dia destes, a pretexto de uma vacina contra a gripe, os da Saúde perguntaram-me se não queria aproveitar para repetir a do tétano, que, por certo, me teriam injectado na tropa. Disse que sim e recordei-me com precisão desse momento, há mais de 50 anos: uma fila indiana com uns 20 mancebos, em tronco nú, com os respectivos braços esquerdos apoiados na cintura à espera da picada e dois cabos a concretizar o objectivo final. Isto é, um a espetar a agulha nos bracinhos em V e ... e outro, uns minutos depois, com uma seringa atestada de vacina para "despejar" para os alinhados Vs de chicha.
Assim como nos apresentamos hoje enquanto contribuintes: só que, agora, de cócoras, com um a anunciar a picada e outro(s), no hospital das Finanças, a concretizar(em) a "vacina".
Do tétano, entretanto, estou livre, disseram-me.
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