sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Palavras cruzadas ( XIX ) - Poesia








in DIÁRIO de Sebastião da Gama

"O trechozinho encantador do André Brun servia à maravilha para contar coisas. E foi nele que descobri e abri um caminho para levar à compreensão da Poesia. Ora não será mais curto e mais certo fazer encontrar, num trecho de prosa, elementos que sejam nitidamente poéticos, do que levá-los imediatamente a dizer "isto é poesia" porque o que lêem está em verso? Devagarinho, sem pressas, irão eles, comigo, achando aqui uma imagem, ali uma palavra, acolá um acontecimento que só podem ser da Poesia."

Noël de Arriaga

"Naquela minha cadeira
Luminosa e nevoenta,
Que um Poeta sempre tem
Ou quando não tem inventa
... ... ... ... ... ... ... ... ... 
Meu amor, que vejo eu?
... ... ... ... ... ... ... ... ...
Vejo tudo o que não vejo,
Vejo tudo o que pressinto
... ... ... ... ... ... ... ... ... "

in ESCREVER de Vergílio Ferreira

"A luz, a luz. Como é que se pode estar triste, trespassado de sol? Como ser-se alegre repassado de um céu nublado? Nós somos quem somos mais o que a natureza é por nós. O poeta soube-o - "o céu, a maresia desperta-me o desejo absurdo de sofrer". É a ordem universal que tenta integrar-nos no incognoscível que a governa. Sol, lua, estrelas, o súbito nevoeiro pela manhã ou a neve irreal que veio de noite e nos espera pela manhã. Não resistas ao apelo que te vem da ordem natural de se ser."

Sem comentários :

Enviar um comentário

Seguidores