Outros farão a análise crítica, nanja eu, do que, uns tempos depois de nascer, se ensinava... Acresce que os blogues, e outras páginas "desta coisa", nomeadamente, têm, como se sabe, milhões de analistas e outros tantos contemporâneos sabedores do mundo que podem confluir nesta mesa, que, não sendo redonda é, pelo menos oval e ... e ajuda um pouco nos saberes ... Com e sem "mails" ...
De um livro de escola do meu tempo (o meu tempo está indicado no Acerca de Mim, como se sabe):
"Depois do caos filipino, houve que reorganizar de alto a baixo a nossa vida económica. As indústrias, ainda na sua fase rudimentar, tinham caído em marasmo. Urgia refazer uma e criar outras.
D. João IV, apesar de absorvido pelos problemas prementes da Restauração, já acarinhava a indústria da Metalurgia, restaurando as ferrarias de Tomar e Figueiró dos Vinhos.
Sob a regência de D.Pedro, depois D. Pedro II, e no respectivo reinado, foi notável a acção do Conde da Ericeira, nomeado vedor da Fazenda em 1675. Introduziu algumas manufacturas, desenvolveu outras e deu, a bem dizer, o primeiro impulso à indústria nacional, ao mesmo tempo que cuidava com zelo da nossa navegação para as Índias Orientais. Por isso lhe chamaram o Colbert português. (...) Também neste reinado se tomaram importantes providências a favor da indústria dos panos. O diplomata D. Luís da Cunha diz ter ido então a França e Inglaterra vestido com panos fabricados na Covilhã e no Fundão. Esta indústria foi, no entanto, pouco depois, seriamente prejudicada pela assinatura, entre Portugal e a Inglaterra, do Tratado de Methwen. Por ele se favorecia a importação de lanifícios ingleses em troca de tratamento igualmente favorável para os nossos vinhos naquele país.
D. João V(...). No domínio da Metalurgia, começava-se com êxito, entre nós, a Fundição de Sinos. Teve igual protecção a indústria do papel (...). Também já existia, em pleno desenvolvimento a indústria do vidro: a Real Fábrica de Vidros achava-se instalada na Marinha Grande em 1748.
(...) Desenvolvia-se a indústria das sedas (...) e há a registar a protecção dispensada à indústria do lavor da prata e ao fabrico de armas e peças de artilharia em oficinas portuguesas.
(...) No tempo de D. Maria I as indústrias tiveram um período de reflorescimento, beneficiando de especial protecção as dos chapéus, estamparia de lã e algodão, botões, rendas lavradas e munições. O príncipe-regente D. João procurou fazer ressurgir a indústria da seda, estimulando-a não só em Lisboa, mas também nas regiões do Norte, onde ela tinha tradição.
(...) O descalabro depois causado pelas invasões francesas iria cortar momentâneamente este esforço de industrialização do país (...)."
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