Um dia fui a Salzburgo, entrei no Museu Mozart e, contrariando todas as regras naturais, civilizadas, respeitadoras, acatadoras, cumpridoras, apanhei a funcionária de serviço de costas e passei os dedos pelas teclas do piano de ... de Mozart - e, depois, depois nunca mais deixei de o ouvir e de me ouvir ... censurado. Não é que o pecado tenha compensado, NÃO. Eu é que nunca, nunca mais esqueci o mal que fiz - por AMOR. E até o venho, agora, publicamente, reconhecer. Mas, digam, alguém é capaz de amar sem beijar? Não! Pois: o que eu fiz foi beijar as mãos de Mozart. E o que é proibido é mais apetecido ... - convenhamos, sem disfarces. Foi ERRADO, mas foi amor.
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