quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Macau 2/2: infecções com VIH são as mais altas de uma década

 

by Ponto Final
"Os dados reportam-se a 2014 e indicam uma subida de novos casos de 71,4 por cento relativamente ao ano anterior.
Macau sinalizou, ao longo do ano passado, 48 casos de VIH (Vírus da Imunodeficiência Humana), o valor mais elevado pelo menos da última década.
Dados dos Serviços de Saúde, compilados pela agência Lusa, indicam que o número de novas infecções nunca foi superior a 40 pelo menos desde 2004. Face a 2013 (com 28 ocorrências) verificou-se um aumento de 71,4 por cento nas nova infecções com VIH.
A tendência crescente notou-se também no número de casos que evoluíram para SIDA (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida), os quais subiram de sete em 2013 para 12 no ano passado.
A principal via de transmissão continuou a ser a sexual, com a quase totalidade dos casos de infecção a ter origem em contactos desta natureza. Apenas um indivíduo foi infectado devido ao uso de drogas injectáveis – em cinco outras situações, a via de infecção é desconhecida.
O sexo masculino mantém-se como o mais afectado: com 39 dos 60 casos de VIH e de SIDA.
Os Serviços de Saúde dividem os casos entre residentes e não residentes. Segundo os mesmos dados, seis em cada dez novas infecções diziam respeito a locais.
A forte subida nos dados de 2014 contraria a tendência verificada em 2013, ano no qual, segundo as estatísticas dos Serviços de Saúde, o número de infecções com VIH registou uma descida de 15 por cento, com um total de 28 infecções identificadas. No mesmo ano, os contactos sexuais representaram a principal via de transmissão do vírus, e prevaleciam também os infectados residentes em relação àqueles que não têm estatuto de residente local.
Apesar dos dados oficiais declarados, as organizações sociais que actuam no terreno consideram que as informações estatísticas poderão ficar bastante aquém da realidade no que diz respeito à situação de infecções locais. Associações como a Chitang, que presta apoio e promove a despistagem do VIH junto de trabalhadores sexuais, defendem que o estigma associado à doença, bem como a possibilidade de realizar testes ao VIH em Zhuhai, têm mantido baixos os dados oficiais locais sobre novas infecções."

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