quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Discursos a gosto, a preços módicos





À atenção de
Parlamentos, 
Assembleias de Freguesia,
Comícios partidários, etc










Claro que não digo, claro que, muito menos, escrevo, não dou a entender, não espero pela idade da "inocência" da velhice visível e, publicamente incontroversa, para ... para dizer o que escrevi para outros assinarem - tentando, à partida, captar-lhes o sentir, os objectivos, e conhecer-lhes o "público-alvo".

Claro que também não direi quem se esqueceu do discurso produzido por cabeça alheia e aproveita a primeira oportunidade para, a pretextos os mais diversos, f. o autor do original produzido a partir da informação recebida.

Claro que também não se ficará a saber que "cartas de amor" escrevi para namoradas d'outros ... Ou, por exemplo, a fazer pedidos de euros a Bruxelas, a títulos vários.

NÃO, não vou dizer, aqui ou noutro suporte, quantas vezes fingi ser - e não ser ... NUNCA!

No fundo, quantas vezes fiz de Pessoa, sendo o outro? Isto é, melhor: quantas vezes quis fazer de Pessoa, ou, gasto de tanto anonimato, por bem, ter sido mesmo seu heterónimo, ao serviço de nada?

Não sei. Mas é aí que tenho estado. E continuo. Contudo, para que fique qualquer coisa que possa, um dia, fazer história, seria importante:

 saber que nomes sonantes (presidentes, vereadores, que sei eu ...) em todas as actividades, o foram graças, em parte, ao anonimato alheio?... Não nos votos, claro, mas no discurso (*).

É um desafio - mas é um desafio para investigadores. Não para "ponto" de fosso oratório ou/e ortográfico.

Entretanto, pode parecer anedota, mas não foi: um dia, a pedido, escrevi, em nome de um amigo meu, uma carta de amor tão enfática, tão enfática que, tendo a destinatária duvidado da autenticidade, respondeu com uma enorme "tampa", quase uma "corrida em osso" que deixou o saudoso Brito (era o seu nome verdadeiro) de cara à banda ...

* Um dia, em Brasília, entrei no Parlamento (1972) e alguém estava, completamente só, a discursar para a Câmara vazia.

Apesar de tudo, NOTA DE RODAPÉ:

Senhores/senhoras Presidentes de Câmara, de Freguesia, de freguesias sortidas, senhores/as deputados/as, estou ao dispor: conversa prévia e ... e, a preços módicos, aqui me encontram (talvez aqui, digo eu, que sempre é um local mais discreto do que num qualquer FACEBOOK, em que as pessoas quase se despem). Estou ao dispor.

Vosso M.A. - ruadojardim7, já sabem.

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