domingo, 10 de maio de 2015

MACAU: o princípio do fim da língua portuguesa no território?

                                                                                                    by Ponto Final
Serviços Públicos
Leong Veng Chai tem recebido “queixas de muitos cidadãos, referindo que muitos serviços públicos realizam as suas actividades e não utilizam a língua portuguesa”.
A formação de mediadores imobiliários, promovida pelo Instituto de Habitação apenas em chinês, é um dos exemplos das situações que excluem os residentes que têm o português como língua, refere o deputado em interpelação escrita ao Governo. Como não podem participar em tais cursos, “indirectamente, passam ao lado de oportunidades de emprego”, denuncia o deputado.
O facto dos trabalhadores da função pública não conseguirem “resolver casos imprevistos e simples por não terem conhecimentos básicos de português” é também realçado por Leong Veng Chai. O deputado responsabiliza o Governo por não “ter envidado esforços na formação de intérpretes-tradutores de chinês-português”.

Para além dos cursos de língua portuguesa da Universidade de Macau e do Instituto Politécnico, Leong quer saber “de que planos concretos dispõe o Governo para a formação de intérpretes-tradutores”.
O deputado defende que os trabalhadores da função da pública devem receber formação e que o Governo deve “promover e generalizar a utilização da língua portuguesa na Função Pública. Vai o Executivo fazê-lo?”, pergunta.
Leong considera ainda que os “princípios fundamentais dos procedimentos administrativos” são violados devido ao desequilíbrio na utilização das línguas oficiais, com a língua portuguesa a sair prejudicada. Em síntese, o deputado quer saber se o Governo irá “concretizar o princípio da utilização das línguas oficiais e o princípio da igualdade”.

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