Até que ... até que, num dia destes, as circunstâncias ditaram uma leve, muito leve diferença. Coisa simples. Na ausência ocasional do velho prior, verificou-se a exigência de um funeral. E veio, por isso, um jovem padre substituir o "titular" da paróquia, não na doutrina, claro, mas no modo de a cumprir...
Foi o caso que, sendo hábito, da igreja ao cemitério local (uns 300 metros), o coche funerário seguir à frente e a população acompanhar, em cortejo quase pagão, o féretro, naquele dia ter sido ao contrário, isto é, não em grupo mais ou menos anárquico, mas em duas filas indianas, à direita e à esquerda, a rezar, a rezar o terço, enquanto cá para trás, o carro, com o padre à frente, reduzia a sua marcha para o ritmo dos acompanhantes que lhe seguiam à frente e, chegados ao cemitério, ficavam (ficaram) a fazer como que guarda de honra ao falecido.
Em poucas palavras, fica o registo. Está dado o mote para a mudança. Envolvente e comunitária. Sobretudo para os católicos.
E que assim venha a ser - sempre.
Desenho de Isabel Alves |
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