A agência Reuters voltou ontem a publicar um artigo sobre os esquemas usados pelos visitantes chineses para introduzir ilegalmente dinheiro no território, contornando os limites de levantamento de mais de 20 mil yuan (cerca de 26 mil patacas) diários impostos por Pequim.
Na peça, a agência de notícias foca a utilização do cartão UnionPay, cartão de crédito e débito apoiado pelo Governo Central, nas lojas de penhores da RAEM. O esquema é simples: qualquer visitante que entre num destes estabelecimentos consegue com facilidade entregar o seu cartão aos funcionários e receber de volta um valor superior às cerca de 26 mil patacas diárias que os visitantes da China Continental podem levantar. Para isso basta assinar, com a conivência do funcionário, um recibo de cartão de crédito que descreve a transacção como uma “venda geral” – um dado falso.
Esta prática é vista com tranquilidade. O próprio jornalista James Pomfret viu
uma mulher de meia idade a receber 303 mil patacas na joalharia e relojoaria Choi Seng,. “Toda a gente faz isto”, justificou a colaboradora que assinou a compra citada na investigação.
De acordo com Tam Chi Keong, professor assistente da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau, são introduzidos ilegalmente no território cerca de 1,6 biliões de patacas anualmente por esta e outras vias.
Em Maio de 2013 o mesmo jornalista da agência de notícias publicou uma reportagem sobre as casas de remessa ilegal de dinheiro junto à fronteira.
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