Se a gente não lhe conhecesse certas consequências, em vez de, por exemplo, na televisão ver espectáculos de variedades, entretinha-se com o permanente divertimento da política. Não apenas a do país em que vive, mas, para tentar diversificar um pouco, pelo menos os actores, os modos de representar, o jeito de transformar as palavras às vezes pela simples força de dizer ...
A política, observada como se não tivesse a ver com o nosso quotidiano e o nosso futuro, chega a ser, não raro, uma coisa divertida. Eu, pessoalmente, por exemplo, adoro debates, de preferência, políticos: desde logo porque, só por si são expressões de liberdade; depois porque os políticos, em regra, mesmo os ditos intimamente conservadores, percebe-se que têm a escola de um idêntico Conservatório, são todos filhos da mesma pauta - e isso é que pode ser interessante ... É claro que há sempre quem goste mais dos sons do violino do que do trombone, e nem sempre é fácil pô-los a tocar juntos ...
"Ou tocas violino ou não te deixo tocar... Ou tocas trombone ou és excluído ..."
NÃO!
Viva a orquestra - na sua variedade! Que essa é que é agradável para o espectador - desde que esteja toda afinada. AFINEM-SE, pois! Em privado. E divirtam-nos, a seguir, na variedade. Para que os espectadores/ouvintes não cabem por vos receber com dúzias de ovos à mão de semear ...
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