quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Barba a quanto obrigas ...


A história é breve e não carece de imaginação para se perceber: a certa altura, solicitei "autorização familiar" para, durante um mês, integrar um grupo que, no paquete Infante D. Henrique, se associava à comemorações dos 150 anos de Independência do Brasil, numa viagem entre Lisboa e o Rio de Janeiro, com escala em Cabo Verde e na Baía.

Confirmado e pago o que era devido, zarpei. Zarpei e, por graça, deixei crescer a barba no queixo. Resultado: fui, ao longo de 30 dias de vida ao "ar livre", ficando, sem dar por isso, cada vez mais, mais moreno - à volta do queixo onde, entretanto, os pelos da barba faziam o seu natural percurso...

Isto é, ao fim de 30 dias, barba preta e pele "mulata" por força da diária exposição ao sol, fiquei impossibilitado de cortar os faciais pêlos que, uma vez barbeados, mostrariam, por baixo, a contrastante "pálida e citadina pele" que faria do resto da cara uma invulgar e insólita máscara, meia morena, meia "preta"...

Resultado: a brincadeira valeu-me durante anos uma pêra que "a posteridade" poderá confirmar em fotografias e testemunhos diversos que, nos meus arquivos, documentam o insólito.


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