sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

O "Cemitério de Pianos", lido no banco de um jardim

Ler, ler de lápis na mão. Atento. Relacionando. Percebendo, tentado perceber. Chegar ao autor por via do que ele escreve, mas, sobretudo, sentir o que quis dizer. Comer as palavras como se fossem parte de um grande manjar. Amar as verbos, substantivos, adjectivos, com a pontuação proposta, ou a gosto do leitor (ler Saramago ou Peixoto). Mas ficar dentro, nas entranhas das palavras, escritas ou "mal cozinhadas".E, no fim de cada período, ou de cada parágrafo, ou de cada página, ficar a pensar. Nas vidas que passam.

"Durante uma semana, tivemos um banco de jardim e tivemos todas as sombras que o cobriam" - no fundo, para perceber o que, em Cemitério de Pianos, José Luís Peixoto pensou ... e escreveu - em silêncio. Que se recomenda.

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