domingo, 15 de maio de 2016

Festival da Canção (Europeu)
















Os meus ouvidos estavam lavados. Os meus olhos tentaram estar atentos. O sono não interrompeu nada do que a televisão parece ter querido que milhões de pessoas ouvissem, mas, sabendo-se que cada um sabe de si, permita-se-me que diga que achei o Festival Europeu da Canção, não digo uma merda, mas uma chatice, mais interessada na competição do que na qualidade, na verdade do ser e estar. "Aposto" que nada de ninguém ficou no ouvido. Pareceu-me, isso sim, uma espécie de mercado de canções - em dia internacional de saldos ... Ou melhor: canções sem "chama", retratos uns dos outros, em noite de "quem dá mais..." A fingir produções ousadas, isto é, grandes embrulhos e farfalhudos laçarotes, com canções (e encenações), se calhar, politicamente correctas, mas chatas. Portugal fez mal não ter aparecido: poderia ter sido uma excelente altura para o "politicamente correcto". Um bem trabalhado cantar alentejano ou, em alternativa, um cristalino vira do Minho, cantado por exemplo, ao jeito de uma Isabel Silvestre, nos seus tempos áureos.

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