O cenário político pode ser o actual - intramuros (mas podia não ser que a história seria a mesma ...).
O governo anterior ao que está em funções, por exemplo, pressionado pelos sectores A e Z, que, juntos, representavam a maioria das populações da respectiva actividade, decide, depois de alguma resistência, claro, aumentar os salários, quando era evidente que o sector económico em causa, analisadas as contas, não dava margem para tanto ...
O precedente pega, e com "o povo em luta", começam a proliferar situações idênticas. Resultado: "conquista-se" a chamada paz social, mas, de repente, verifica-se que, afinal, está tudo falido ... Cai o governo, que era bonzinho, aos gritos anónimos de "filho da puta", "malandro" e vem novo governo - que tem que aumentar o preço de tudo até cobrir, mais coisa menos coisa, o que o governo anterior, simpático, foi fingindo que, de seu, distribuia após elaborados estudos.
Entra novo governo. Levantam-se questões de credibilidade nacional e, zás, "ou reduzes a despesa ou não há nada para ninguém ...", dizem de fora. Aguenta quem está ... Protesta, no caso, o povinho que já recebeu adiantado no consulado do governo anterior, por tudo voltar à estaca zero, por força da carestia de vida, que anulou o eventual aumento conquistado à pressão meses ou anos antes, sem correspondência em novos ganhos na produção ...
E assim anda o mundo - de engano em engano até ao fracasso total ... Ao mesmo tempo que aparece sempre quem queira vender a última em solidariedade, em igualdade, em justiça social. E ameace sempre, sempre ... A fingir, sempre a fingir, um salve-se quem puder que só visto.
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