sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Geografia: Danúbio Verde 1













Para o austrolusoxadrezista, Herbert Matzinger

"Um dia (dizem que em 13 de Março de 1938), num hospício da Alemanha, um louco vestido de anjinho voltou-se para a Áustria e disse:

- És minha!

E foi.

Foi ... o absurdo. De que Viena se achou, num ápice, a capital. Não de país, mas de província. Viena-Monumento. Viena-Barroca. Viena-Arte uma qualquer. Viena que, à sua maneira, é Florença na Europa Central, com pinceladas de Paris, com toques de Munique. Elegante e rústica. Passado e presente. Também filha de Roma pela ascendência e pela oração.

Grande como, entre vários, a terá desejado Napoleão. Leve como a imortalizou Strauss. Finalmente, adversa a todas as ditaduras. Viena está agora valsinada contra qualquer tipo de maleitas. A liberdade que se respira em Viena não poderá desaparecer enquanto a valsa for a sua dança predilecta: não se pode valsar com os movimentos e o espírito prisioneiros. Viena, aliás, tem, ao  longo da sua história, conhecido grandes generais: Mozart, Haydn, Schubert e tantos outros. O mais popular, contudo, terá sido Strauss que um dia achou que os caminhos do Danúbio - verdes de esperança - eram azuis como o céu que cobre a Áustria. E a valsa tomou definitivamente conta de Viena. As armas estavam, como na Suiça, nas mãos do povo. Só que aqui os fuzis eram as músicas que o "herói" conseguira trazer do salão para a rua. A valsa é, em Viena, o fado em Lisboa. Amália está para a nossa cidade como Strauss para a capital austríaca. (...)"

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