As nossas finanças na Linha da Frente (RTP)

A eventual boa consequência de uma situação deplorável:

depois de, na RTP, ter visto, há pouco, o programa Linha da Frente, que a independência, a liberdade jornalística me leva a acreditar não ter sido "encomendado" pelo Poder Político, reforçou-se-me a infeliz conclusão de que uma parte eventualmente significativa dos portugueses tem andado a viver o seu quotidiano acima daquilo que são os rendimentos próprios do trabalho, indo na conversa dos capitalistas cartões de crédito - partindo do princípio de quem vier atrás que feche a porta ... Isto é, indo, no fundo, atrás da mais indesejável publicidade, do mais feroz capitalismo ...

Os governos que temos tido nos últimos anos não terão sido santos, claro (é óbvio), mas a verdade é que alguns cidadãos que agora se queixam deixaram-se enganar ... e "animaram" o crédito com a sua ... a sua desmedida vaidade. Pergunte-se a, por exemplo, muitos dos actuais queixosos quantas vezes mudaram de carro nos últimos anos, quanto vezes gozaram férias à grande e à francesa, etc, graças às "facilidades" que lhes apregoaram ...

"Mas achas que isso chega para absolver totalmente alguém do Poder?", perguntar-se-á. Não, claro que não. Nem merece discussão. Mas o Linha da Frente da RTP, esta noite, foi importante, nanja pela "novidade", mas pela frontalidade. 

Uma parte do Terreiro do Paço mentiu (- se). Uma parte, afinal, era, infelizmente, gente do haraquiri saloio ...Que devia ter ficado  em casa para deixar que se visse ali só a razão.

Parabéns, RTP!