Associação Novo Macau acusada de traição

by PONTO FINAL

Tsui Wai Kwan acusou ontem a Associação Novo Macau de ter tentado ajudar indivíduos do exterior a entrar em Macau “a fim de criar a confusão, ofender a população” e ainda “atropelar” o Direito de Macau e a “dignidade” dos cidadãos, disse numa interpelação no período antes da Ordem do Dia.

O deputado nomeado referia-se, em específico, ao facto de a associação pró-democrata ter questionado a legalidade da decisão das autoridades de impedir a entrada pessoas em Macau, uma deles a presidente do Partido Democrático de Hong Kong, Emily Lau, alegando motivos de segurança interna. Na altura, a associação liderada por Sulu Sou entregou uma queixa junto do Comissariado Contra a Corrupção por abuso de poder da polícia.

Para o deputado, o grupo actuou com “segundas intenções” quando apresentou a queixa contra as autoridades que segundo Tsui Wai Kwan “actuaram de acordo com a lei”.

Reforçando o seu argumento, Tsui Wai Kwan continuou: “Será que existem outros motivos por detrás de tudo isto? Naturalmente, os residentes de Macau sabem a resposta e vão continuar a apoiar firmemente a polícia na execução rigorosa da lei, impedindo a entrada de indivíduos perturbadores”.

Na mesma interpelação, o deputado nomeado pelo Governo acusou por isso a Associação Novo Macau, que “tem precedentes no que respeita a aliar-se ao exterior”, de ser como Wu Sangui, o general chinês que ajudou os manchus a estabelecer a dinastia Qing e por isso é considerado um traidor pela história chinesa.

“A população de Macau ficou altamente indignada com isso, tendo mesmo alguns residentes chegado a protestar no terminal marítimo, o que resultou em conflitos. Não é demais apelidar aquele grupo de ‘Wu Sangui’!”