Ai, Maria João! Fomos colegas e que pena que tenho não te ter "conhecido", que pena!... Que pena a estúpida distância entre sectores. Que pena! Um beijo. Estou agora, aqui, também para pessoas como tu que, penso, nunca tiveram oportunidade de saber que era disto que eu mais gostava. Se calhar, como tu, "perdida" no ganha-pão que quase tudo mascara. MA
Que sou louca!
Se as saudades matassem, meu amor
esta carta ficaria para sempre perdida
que são tantas
que para as não ter preciso doutra vida
a tua,
aqui ao canto da lareira
onde por baixo do xaile que me embrulha
desliza a tua mão, sorrateira,
à procura do corpo onde mergulha
a afogar-me no desejo e no prazer.
esta carta ficaria para sempre perdida
que são tantas
que para as não ter preciso doutra vida
a tua,
aqui ao canto da lareira
onde por baixo do xaile que me embrulha
desliza a tua mão, sorrateira,
à procura do corpo onde mergulha
a afogar-me no desejo e no prazer.
Mas as saudades não matam, meu amor
e habitam-me o peito a gemer
ais da saudade de te querer
e te trazer
da lonjura
que me veste de amargura
e do desejo de te ter.
e habitam-me o peito a gemer
ais da saudade de te querer
e te trazer
da lonjura
que me veste de amargura
e do desejo de te ter.
Ai, meu amor,
de que serão feitas as saudades
de pedras que só tu quebras
do pranto que só tu secas
ou da nuvem que me esconde o desejo?
Volta depressa, amor
matá-las
com um beijo.
de que serão feitas as saudades
de pedras que só tu quebras
do pranto que só tu secas
ou da nuvem que me esconde o desejo?
Volta depressa, amor
matá-las
com um beijo.
MJR
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