Pierre Teilhard de Chardin (Orcines, 1 de maio de 1881 — Nova Iorque, 10 de Abril de 1955) foi um padre jesuíta, teólogo,filósofo e paleontólogo francês que tentou construir uma visão integradora entre ciência e teologia. Através de suas obras, legou para a sua posteridade uma filosofia que reconcilia a ciência do mundo material com as forças sagradas do divino e sua teologia. Disposto a desfazer o mal entendido entre a ciência e a religião, conseguiu ser mal visto pelos representantes de ambas. Muitos colegas cientistas negaram o valor científico de sua obra, acusando-a de vir carregada de um misticismo e de uma linguagem estranha à ciência. Do lado da Igreja Católica, por sua vez, foi proibido de leccionar, de publicar suas obras teológicas e submetido a um quase exílio na China.
"Aparentemente, a Terra Moderna nasceu de um movimento anti-religioso. O Homem bastando-se a si mesmo. A Razão substituindo-se à Crença. Nossa geração e as duas precedentes quase só ouviram falar de conflito entre Fé e Ciência. A tal ponto que pôde parecer, a certa altura, que esta era decididamente chamada a tomar o lugar daquela. Ora, à medida que a tensão se prolonga, é visivelmente sob uma forma muito diferente de equilíbrio – não eliminação, nem dualidade, mas síntese – que parece haver de se resolver o conflito. (...) Pierre Teilhard de Chardin percorreu meio mundo. As suas cartas são o seu vivo testemunho ..."
* in CARTAS DE VIAGEM
"(...) Parece-me (...) que chegou o momento de cortar pelo são. Fascismo, comunismo, democracia já nada significam. O meu sonho seria ver o escol da humanidade reagrupar-se num espírito definido pelas três direcções seguintes: Universalismo, Futurismo, Personalismo, e unir-se ao movimento político, económico, que se mostrar tecnicamente mais capaz de salvar essas três condições. Há, na verdade, algo da dizer acerca disso. Sinto-o e sei-o."
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