quinta-feira, 10 de setembro de 2015
Croniqueta a propósito do parlamento dos pobres
Às vezes, interrogo-me (não é que tenha muitos ...): porque é que tens tantos livros nesta assoalhada da tua casa, anexa ao JARDIM7? Será que tens conseguido ler todos? E a resposta, ao espelho, surge-me de imediato: NÃO! Ainda não li a lista telefónica toda, a Enciclopédia Luso-Brasileira toda, os dicionários todos e um ou outro que deixei fosse "atraiçoado" por aqueloutro que o "mercado" me vendeu - via não sei qual ...
(hoje vou a uma Comunidade de Leitores "discutir" As Luzes de LEONOR, de Maria Teresa Horta)
- Então, no meio dessas não-leituras, o que é que leste?
- TUDO...
- E o que é que sabes?
- Pouco, mas o suficiente para ginasticar o que fica que é "o que resta depois de se ter esquecido o que se aprendeu". Chamam-lhe CULTURA. Portanto, acrescente quem me ler, se quiser: o que aqui, ou noutro espaço, apareceu, ou aparece, a dizer que fui eu, é mentira, ou melhor, não é totalmente verdade: é o que ficou depois de ter esquecido o aprendido. E fica explicado o blogue e o que (mais efémero ainda) são os livros que as tipografias imprimiram a meu pedido.
Disse. Tenho, com a leitura, aprendido muitas palavras, lá isso é verdade. Às vezes até fico com a impressão que engoli um dicionário, mas não, as palavras aqui escritas, a maior parte das vezes, não nascem no cérebro, são (romântico ...),
nascem no coração - onde, quando muito, pode haver alguma espécie de dicionário esquecido ... E antigo. Desabafei, que é coisa de blogue, como se sabe.
Não daqueles da política: o primeiro-ministro é um aldrabão, o Costa o que quer é um tacho ...
NADA DISSO. Brincar com as palavras, é que é. Pelo menos, num banco de jardim, que é o parlamento dos pobres ...
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