terça-feira, 3 de maio de 2016

DÊ GÁS - porque sim ...


Desista de se sentar neste banco da rua do Jardim 7, quem, da vida, deteste o ar livre e prefira o "conforto" bafiento do sofá a cheirar a suor: aqui, a intenção é o oxigénio (ainda que sem génio ...), a brisa; aqui, entre o claro-escuro de Rembrandt, se houver que optar, as preferências, as influências vão para ... (de boas intenções está o Inferno cheio ...), para um Degas, impressionista, que tenta não hesitar entre associar um verde arsénico com manchas vermelho-tijolo ou malva. Evitam-se "os tipos e as atitudes amáveis, preferindo-se o que (...) se considera deselegante", porque é esse que está para além das aparências. Mas nem sempre isso acontece.Porque sim ... Porque é preciso (con)viver.

Fica o apontamento que não nasce de nenhum desapontamento, mas que se entende necessário numa altura em que o "inventor" deste banco sente algum afastamento, não do que exara em "acta", mas por força da vida filha da puta que, certos tempos de antena, repletos de intenções fantasiosas, alguns/algumas tentam infiltrar nas cabeças ... 

Apetece, entretanto, citar, sem pretensões, uma História Mundial da Arte. Já agora (actualize-se o discurso) também sem as filiações partidárias que fariam encher de ar certos peitos mal oxigenados ...

"(...) Degas (1834-1917) não pode ser considerado como um verdadeiro impressionista. (...) Criava para seu próprio prazer; desprezava tudo o que era banal; apreciava o inesperado e o que contrariasse os hábitos. As cores de algumas das suas cenas de bailado ou das suas banhistas podem espantar o espectador ou chocá-lo. Degas não hesita em associar um verde arsénico com manchas de vermelho-tijolo ou malva; estas combinações parecem destoar, quando na realidade dão muito sabor à sua pintura."

E cá vamos "cantando e rindo ..." Escrevendo o que se sente, como se sente - sem olhar a sexos, credos, confissões políticas ou outras.

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