terça-feira, 17 de julho de 2012

Intervalo ( VI ) - Adelaide João - Actriz

- Teatro, cinema ou televisão?


- Tudo! E até telenovelas. Até mesmo aquelas as fotonovelas que se faziam para as revistas.


- Qual é o momento, profissionalmente mais divertido,  de que se lembra?


- Todos. Para mim, têm que ser divertidos se não não vale a pena. Até um drama pode ser divertido.Uma pessoa faz as coisas com amor, com paixão. Portanto, é sempre agradável, é sempre divertido. Tem que ser  alegre, mesmo que seja um drama. A minha paixão é o teatro.


- Mas não há um momento qualquer em que ...

- Não, não! Só se estiver doente ...


- Teatro, televisão - é indiferente?


- É. Mas gosto mais de fazer teatro.


- Sentir o público ...


- Toda a gente gosta mais de fazer teatro. Mas a televisão também é muito importante, mais importante até ... Toda a gente vê ... Ao passo que o teatro, infelizmente, só quem lá vai ...


- É verdade ...


- É a paixão!... Mas na TV fiz a Vila Faia, que foi a primeira ...


- Como é que vê o teatro hoje?...


- O teatro não é coisa de primeira necessidade, não é?!... De maneira que as pessoas vêem mais televisão e vão menos ao teatro ... E é pena, porque o teatro é muito importante.


- Posso tirar-lhe um retrato?


- Pode.


- E ficou linda - assim como estava e nas memória que fez renascer com o seu sorriso. Então e assim um episódio marcante ...


- Não me lembro ...


- Se calhar foram muitos e bons ... E é isso que está a ofuscar.


- É! É!!! Foram muitos e bons. Tive a sorte de trabalhar com muita gente boa.




Ao terminar esta série de seis entrevistas com o passado/presente de outras tantas figuras importantes do espectáculo, uma palavra de agradecimento à direcção da Casa do Artista, em Lisboa, em particular a José Aleluia, que tanto se interessou  para que tudo acontecesse e a homenagem aqui pudesse ficar registada. Bem-haja! Bem-hajam! 




Apareçam. Comentem. Estejam à vontade! Sentem-se de vez em quando no banco do jardim, que faz tudo para afastar de si a poluição - sobretudo a da ignorância.


"É proibido envelhecer!"


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