chegados à chamada terceira idade, a conclusão é velha:
na primeira idade, tivemos dúvidas
na segunda, nem sequer reparámos nela ...
na terceira: "temos que aproveitar enquanto cá andamos ..."
Hoje há festa no banco, sem dúvidas - sem dúvidas de que o mundo, de vez em quando, parece um combóio em andamento, connosco lá dentro, e em que, às vezes, dá ideia que estamos sempre a ver a mesma paisagem, sem dar conta de que a coisa vai acabar por parar - se calhar, num apeadeiro, para apanharmos outro que nos acabará por levar à Cidade do Paraíso, que não é o que, na maioria dos casos, sonhámos, na fase das dúvidas - que havia sido também o tempo das ilusões ilimitadas ...
E assim, sem grandes novidades, se cumpre o quotidiano - que, apesar de tudo, vale a pena, ou, pelo menos, vale a pena, desde cedo, dizermos isto uns aos outros - para que a Estação da Esperança pareça sempre estar ali ao voltar da esquina, depois da última curva percorrida pelo último combóio (de borla, para quem viaja).
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