quinta-feira, 3 de setembro de 2015

"As Luzes de Leonor" - em debate (2)

1065 páginas lidas numa semana ou pouco mais ... Do melhor que há cá por casa, digo eu a quem os 80 espreitam ... a gostar sempre de ler. É a festa das Letras. São, no caso, as Luzes.

O livro é, naturalmente, um todo, mas só sei ler de lápis na mão. Desde sempre.
E o que deu, para não sublinhar tudo, foi haver passagens, numa obra toda forte, que, no contexto, ainda se conseguem destacar. Citarei uma quantas - hoje e até sentir que não devo insistir nas LUZES:

"... a falta de liberdade mata. Corrói, desvirtua-nos"




"Lembro-me de ter jurado a mim própria nunca trair o princípio da insubmissão, da rebeldia e da resistência, frente à ignorância, à superstição, ao despotismo! Talvez por isso nas minha atitudes sempre se tenham espelhado os princípios do rigor e da insatisfação, sem deixar de reflectir a ideia da liberdade (...)"



"Bem como se perturba a clara fonte
Na agitação contínua da corrente,
A minha alma sossego não consente,
Por mais que nos meus ais ânsias desconte.

De cuidado em cuidado, monte em monte
Me leva este pesar que o peito sente;
Sempre diviso aflita, descontente,
Os princípios da luz pelo horizonte.

De que vem este mal? Um mal claro
Vem de um vago sentir que n'alma pesa:
Amor! serás comigo sempre avaro?

Amor em mim é filho da tristeza!
Eu sinto o coração ao desamparo ...!
Pune, oh Deus, pelas leis da Natureza!"


PS: o Marquês de Pombal, antes de ser o "reconstrutor", não é, no livro, pessoa de bem.

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