domingo, 22 de novembro de 2015

Liderar? Mas o que é isso?*

"Acima de tudo estão as pessoas, e sem elas nada se consegue!..."

(*de um artigo publicado numa revista técnico-pedagógica, coordenada por M.A., que não se destinava, particularmente, à classe política, o que, como é óbvio, não é um impedimento para o leitor deste espaço pensar o que quiser, a respeito de quem quiser ... Subscreve-o a psicóloga Raquel Crato) 

"As pessoas precisam de se sentir implicadas num processo ligadas a uma unidade, identificadas com uma organização e integradas num clima propício a inovações e à criatividade.

Um líder tem que saber transmitir confiança e estimular cada pessoa a dar o seu melhor.


Não existem líderes natos, e liderança não é um mero comando, ela exige resposta e seguidores. No entanto, se pensarmos um pouco, na nossa vivência, podemos recordar e identificar, que em qualquer grupo podem existir e/ou surgir vários líderes, ou seja, todas as pessoas num dado momento, ou situação, podem assumir atitudes de liderança. Os líderes podem ser formais (existirem numa hierarquia), ou informais (surgirem espontâneamente).


LIDERAR é gostar das pessoas e saber encará-las de maneira diferente, objectivando a evolução de um estilo de gestão/liderança mais directivo para um estilo de delegação, acabando por fazer as pessoas sentir que alcançaram os objectivos por si próprias.


Fala-se muito em "arte de liderar" porque para a possuir é necessário saber "libertar" as pessoas para fazerem o que se lhes pede da maneira mais eficiente, mais humana e mais criativa possível. O líder passa a ser o servidor dos seus seguidores, no sentido em que afasta os obstáculos que impedem a execução de uma tarefa.


O verdadeiro líder habilita os seus homens a empregar todo o seu potencial. Ele escuta as ideias, necessidades e aspirações dos seus elementos, e dentro do contexto do seu sistema de convicção responde-lhes da maneira mais apropriada.


O líder de que falamos é responsável pela eficiência.


Uma organização (seja ela qual for) com êxito, tem uma particularidade que a distingue das outras: um liderança dinâmica e eficaz.


Nota-se um aumento de procura de pessoas que tenham as capacidades necessárias para liderar eficazmente, e é bom referir, mais uma vez, que liderar não é mandar/comandar, é sim um processo muito mais complexo, traduzindo uma actividade de influenciar pessoas, empenhando-as voluntariamente para a consecução de objectivos específicos e comuns, não descurando uma identidade grupal assumida e partilhada por um grupo.


Um líder eficaz é capaz de adaptar o seu estilo de comportamento às necessidades dos liderados e à situação; isto pressupõe uma grande flexibilidade e capacidade de diagnóstico.


Os líderes necessitam de criar ambientes e elaborar processos para que cada pessoa possa desenvolver relações de grande qualidade - de uns com os outros, com o grupo, com o trabalho, com os clientes, e com todo o sistema subjacente.


Não existe um estilo eleito, que possamos referir como o ideal; podemos descobrir e identificar o estil mais eficaz para uma determinada situação (jogando com a tarefa, a pessoa, e outras condicionantes não menos importantes). Vários estilos de comportamento de um líder podem ser eficazes ou não, intrínsecos à situação.


É preciso desenvolver estratégias para que os líderes consigam flexibilizar e adaptar vários estilos de liderança. O trajecto correcto de um líder como já referimos, deve encaminhar-se no sentido da delegação, baseando-se nos Recursos Humanos, nas Relações Interpessoais, na Comunicação, nos Objectivos a alcançar e na Negociação.


Gerir um grupo de indivíduos com formações diversas exige flexibilidade e capacidades de relacionamento. Trabalhar em equipa com pessoas de áreas diferentes é um meio de quebrar barreiras funcionais na empresa.


Resumindo:


Um líder para ser eficaz tem de aprende a lidar com os seus subordinados e saber escolher o comportamento mais adequado à situação, à tarefa e à pessoa, sempre numa base de negociação mútua, para a consecução de objectivos específicos, num determinado contexto e numa estrutura, onde existem pessoas e grupos diferentes, com inevitáveis barreiras, não descurando nunca a evolução e a valorização de todos os implicados."

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