domingo, 15 de novembro de 2015

Os mouros

                     Os mouros (Wikipédia). 

    Informe-se. Leia. A História de Portugal,

ou de Lisboa, já agora. Onde vir fonte segura.  

(...)

  • As populações norte africanas (bem como os pequenos grupos de árabes, de subsarianos, de escravos eslavos, de persas, etc., a elas associadas), mesmo com os diferentes momentos de entrada dessas populações ao longo dos séculos (coincidindo em grande medida com a entrada de novos exércitos aquando dos momentos de luta interna, política ou religiosa - fitna, no Al-Andalus), foram sempre uma minoria que não terá ultrapassado os 10% do conjunto da população total.
  • A maioria da população muçulmana da Península Ibérica era constituída por autóctones ibéricos convertidos (os chamados Muladis), isto é; a maioria dos "mouros" eram de facto europeus, ibéricos de religião islâmica.
  • A maioria da população em zonas de domínio muçulmano, ao longo de todos os séculos de presença, não era muçulmana (com algumas excepções localizadas espacial e temporalmente), mas sim população autóctone ibérica que se manteve de língua românica e cristã (do rito visigótico), ainda que fortemente arabizada do ponto de vista cultural - os chamados moçárabes (repare-se que Moçárabe, para designar a população ou a língua, é um termo moderno do século XIX - essas populações referiam-se a si próprias e à sua língua como Latinus).
  • A maioria das populações norte-africanas que de facto se estabeleceram na península eram berberes. Os Berberes, particularmente das regiões mais litorais, não podem ser descritos como uma população radicalmente diferente das populações sul-europeias, com as quais, aliás, apresentam ligações ancestrais.
  • Mesmo nas elites islâmicas, a presença de elementos conversos não era despicienda - mesmo algumas dinastias reinantes tinham origem hispano-visigótica (como os Banu Qasi, fundados pelo converso hispano-visigodo Conde Cássio).
  • Os processos sociais do final da Reconquista e do período seguinte instituíram sistemas de discriminação social (geridos em parte pelas autoridades religiosas) que guetizaram e até expulsaram (para o Norte de África) fatias significativas das populações ditas mouriscas (as quais de qualquer modo, tinham uma origem basicamente autóctone ibérica)."

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