Do lido, o sublinhado (68) - Mulheres de Cinza, de Mia Couto

Ontem, por razões que o calendário sabe melhor do que eu, ofereceram-me aquele que, creio ser, até ao momento, o último livro de Mia Couto: o Livro Um de uma Trilogia Moçambicana, AS AREIAS DO IMPERADOR, que vou ler nos intervalos destes relatos do que se passa à roda do banco de jardim, mas já lhe sublinhei, logo numa das páginas iniciais com numeração à vista:

"A estrada é uma espada. A sua lâmina rasga o corpo da terra. Não tarda que a nossa nação seja um emaranhado de cicatrizes, um mapa de tantos golpes que nos orgulharemos mais das feridas que do intacto corpo que ainda conseguimos salvar."

E também já percebi, num relance, que vou gastar muito lápis nos "vício" do sublinhar ... Logo vos "direi", se for caso disso. Que a língua portuguesa foi "inventada" p'ra ser universal e p'ra quem a saiba "cantar" ... Como Mia Couto, por exemplo.