quarta-feira, 18 de novembro de 2015

MACAU - Orçamento de Macau para 2016 vai diminuir 14%


by Ponto Final
"Depois de mais um ano de perdas no sector do jogo – o principal motor da economia de Macau – o Orçamento da RAEM para o próximo ano vai ficar-se pelos 103,251 mil milhões de patacas, o que representa um decréscimo de 14 por cento, de acordo com a proposta revelada ontem durante a apresentação das Linhas de Acção Governativa (LAG) para 2016 na Assembleia Legislativa (AL).
Desse valor, que corresponde às receitas globais da Administração, 79 456 mil milhões correspondem a impostos directos, incluindo os 35 por cento cobrados sobre as receitas brutas dos casinos, que estão em queda desde Junho do ano passado.
Longe do vigor de tempos recentes, o sector dos casinos tem sofrido com a perda de receitas que se tem reflectido no encerramento de várias salas VIP e despedimentos de trabalhadores. O Governo afirma-se empenhado em apoiar o que chama de “desenvolvimento saudável do sector do jogo”. “Daremos o nosso apoio ao desenvolvimento deste sector, mas não ao jogo em si”, esclareceu o Chefe do Executivo, elogiando a componente não directamente relacionada com o jogo que é realçada nos novos resorts que estão a aparecer no Cotai. “São projectos muito interessantes, que têm uma fatia de dois terços de negócio extrajogo e apenas um terço de jogo. Isto é uma boa combinação”, considera.
Ao longo do próximo ano, a despesa global pública em Macau deverá situar-se em 85,038 mil milhões de patacas, pelo que o Executivo prevê encerrar 2016 com um saldo orçamental positivo de 18,213 mil milhões de patacas.
Até Setembro de 2015, a reserva financeira da RAEM era composta de uma reserva básica de 131,88 mil milhões de patacas e de uma reserva extraordinária de 211,38 mil milhões de patacas.
Apesar dessa “almofada” financeira, “temos de ter uma atitude ponderada”, defendeu o chefe do Governo. Chui Sai On comprometeu-se a conduzir uma política económica centrada no referido apoio ao sector do jogo, no “estreitamento da cooperação regional” e na “diversificação económica”, através nomeadamente de uma aposta em grande escala nos sectores das convenções e exposições e na medicina tradicional chinesa, “sem esquecer o apoio às Pequenas e Médias Empresas e à população jovem de Macau”.

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