quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Educação sexual

De velho para novos: a que título, a partir de que idade, em que circunstâncias devem os órgãos sexuais passar a poder cumprir todas as funções para que foram criados? Não vou cometer a tolice de dissertar sobre um assunto que é tão antigo quanto a Humanidade e que, ao que sei (quanto mais não seja pela leitura de títulos de livros nas montras das livrarias...), cada caso pode ser um caso ... Mas ... mas a idade ajuda-me a dizer duas tretas acerca da matéria. Ou melhor: ajuda-me a interrogar.


Desde logo, o que é (hoje) namorar? É tentar o conhecimento recíproco? 


É ou não perigoso, mesmo do ponto de vista dos afectos (que podem ter que seguir direcções não previstas), ir até ao fim na aproximação física? Ou as aproximações são tão superficiais que consentem tudo?


Em que situação psicológica (não digo física) ficam os desavindos quando às eventuais aproximações físicas não correspondem as desejáveis aproximações culturais, que, quer se queira, quer não, com os anos, acabam por ser determinantes no bem-estar do casal?


Não será que, por força de um certo formigueiro nas partes baixas, acabam por acontecer genocídios culturais com crianças que não têm culpa de nascer ...


O que é que, neste complexo contexto, trouxe a Escola, se se quiser, digamos mesmo, o Saber Superior?
Trouxe gente sem formigueiros? E que "produtos acabados", melhor, que seres humanos podem dar, por exemplo, a uma Humanidade com medo de Londres?


O que é, no meio de tudo, o Amor? É apenas um pénis e uma vagina em actividade física conjunta? Ou é, ou deveria ser, o encontro amadurecido entre duas pessoas que não fingem que se amam?


E o que é amar? Amar não é aproximar? Amar é apenas a festa de uma parte do corpo?


Quando o padeiro percebe que não sabe nada do Mundo, consegue ter autêntico prazer com a gaja muito boa que o ensina, a todo o instante, a ser e a estar? E a gaja muito boa tem prazer eterno com o padeiro que corrige a toda a hora? Eu bem sei que a necessidade é mestra de engenhos e, na volta, já não há padeiros, mas técnicos de padaria - que, eventualmente, frequentaram Novas Oportunidades ... Mas ...


E quando o pénis e a vagina já servem menos a sua função "lúdica", o que é que o resto do corpo pode fazer para criar bem os filhos, por exemplo? E lidar bem com os conhecidos - de ambos?


Num encontro entre cultos de pénis empinado e incultas de vagina sabichona, o que é que acontece? Falam de quê? Pode falar-se de tréguas amorosas? Imaginem-se agora todas as variantes possíveis ... Coisa complicada, é evidente. Que pode não ser compatível com o amor à primeira vista, que anda por aí.


Mas, finalmente, o Amor tem que ser uma coisa premeditada, sem chama? Não, claro. Mas tem que ter um certo "golpe de asa". Que passa por afinidades - muito mais do que apenas físicas. O mundo está doente porque está doente o AMOR. E o que há mais são desencontros. De pessoas que se "amam" com os dentes ...
"A nossa filha tem a mania que sabe tudo, mas qualquer dia lixa-se ..."

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