Foi uma surpresa, confesso: "de repente", como por magia, vinda das profundezas de Lisboa, eis que surge, como se fosse gente, uma estátua em tamanho natural a propor-nos um vigésimo para a lotaria nacional, ali a dois passos onde os sorteios acontecem. Isto em 1987.
Quem é o autor, a autora? A resposta vem pronta após telefonema para a Câmara Municipal de Lisboa: Fernanda Assis.
"Gostava de falar consigo..." - disse-lhe na primeira oportunidade.
Combinámos encontro no Palácio dos Coruchéus, em Lisboa, no "atelier"em que mestre Soares Branco, seguindo modelo humano, dava então forma ao monumento a Joaquim Agostinho que, mais tarde, "apareceria" numa avenida de Torres Vedras.
Percebi a satisfação de Fernanda Assis, recordo-me bem, por a terem procurado. E lá lhe disse o que continuo a pensar: a alegria de convívio com uma estátua que era/é da nossa/minha altura, que tem os pés no mesmo plano que eu, e que está ali, permanentemente - para o que der e vier...
Associo e lembro agora a "festa" das esculturas "nascidas" do chão que, com o sorriso, vi mais tarde, à porta do Museu Vazarely, em Budapeste. Sem vigésimos nas mãos, mas com a alegria estampada no moldado do bronze... E a mesma vontade de comunicar.Talvez até mais exuberante. Mas isto é um aparte...
Chateiam-me aquelas estátuas com cavalos enormes e cavaleiros valentes - lá nos píncaros da sua desumana grandeza... Aposto que são esses os modelos desejados, mesmo sem cavalo, por muitos políticos da nossa praça...
Ao menos, o do Largo da Misericórdia, em Lisboa, terá um viségimo branco, sim, mas está ali ao nosso nível. Sem cavalarias altas... Sem ganhar nada...
mas afinal o que e o cauteleiro caralho
ResponderEliminarque merda de site
ide vos foder
... ... ... ... ...
ResponderEliminarSe você procura assunto
para um futuro trabalho,
não puxe pelo bestunto
nem turture mais a vida:
vá torturar o ...!
Francisco Eugénio dos Santos Tavares in Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica