sábado, 7 de novembro de 2015
Do lido, o sublinhado (66) - A raça e as car raças ...
in Últimas Farpas, de Ramalho Ortigão
"Logo a seguir à proclamação da República e à publicação das suas primeiras leis em Lisboa, o Times, num artigo proficientemente raciocinado, aplicava aos destinos de Portugal uma teoria que, ao que me recordo, se poderia resumir:
Quando, em resultado de profundas discórdias de princípios e ideias, de sentimentos e crenças irreconciliáveis, um país perde o sentimento colectivo da sua unidade, a nacionalidade naturalmente se desfaz pela desagregação dos elementos que a constituíam, sobrevivendo unicamente a raça na continuidade da família. Se, porém, a família carece dessa forte e excepcional homogeneidade espiritual que, por exemplo, caracteriza a família judaica, a raça por seu turno é rapidamente absorvida por outras raças mais poderosas, e do que foi uma nação florescente e gloriosa no mundo nada mais restará que um vago nome na história.
É com efeito possível que Portugal se ache destinado às mais destrutivas provações (...)."
Nota dos que aqui se sentam: as alianças partidárias a que a democracia conduz não têm nada a ver com o texto da Ramalhal Figura, como é óbvio, mas, se não tomamos juízo, podem "deitar a cabeça de fora" mais soluções estrangeiras para os nossos problemas do que aquelas que pensamos ...Tanto à esquerda como à direita ... É preciso VOTAR BOM-SENSO. Viver BOM-SENSO.
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