quinta-feira, 12 de novembro de 2015

TROCA DE GALHARDETES (75): Acertar o PASSO na lusa política


Opiniões de vários "direitistas" contra um Governo Costa

 Álvaro Beleza, membro da Comissão Política do PS
 «O Bloco e o PCP não aceitam a Europa em que nós estamos. São dois partidos que não defendem a economia de mercado. Nós somos sociais democratas e aí há uma linha vermelha.» 
   
Ana Gomes, eurodeputada do PS:

«Mais do que uma vitória da coligação há uma derrota do PS. O partido, mais do que nunca, tem que fazer uma análise nos órgãos próprios.»
  

António Galamba, ex-deputado e membro da Comissão Política do PS

«Depois de quatro anos de vale-tudo à direita, a tentação de um vale-tudo à esquerda. Uma solução sem respeito pela vontade popular, ao arrepio dos valores republicanos e democráticos.» 


Ascenso Simões, ex-membro do Secretariado Nacional do PS e ex-director de campanha de António Costa

«Deve o PS assumir os riscos de uma gestão dificílima em que, sem qualquer linha de contacto à direita, se confrontaria, logo no primeiro orçamento, com o inevitável aumento da despesa e a circunstância previsível de incumprir as obrigações europeias? Que condições encontraria na concertação social perante uma UGT fragilizada e uma CGTP mais robustecida?» 


Augusto Santos Silva, ex-ministro da Defesa, da Educação e dos Assuntos Parlamentares

«A Constituição dá uma margem grande ao Presidente para interpretar os resultados eleitorais. O critério relevante deve ser o do grupo parlamentar mais numeroso. É este que deve assumir as responsabilidades de formar governo.»

  
Carlos Silva, secretário-geral da UGT

«Não me parece que as forças à esquerda do Partido Socialista dêem garantias de estabilidade em relação ao futuro.» 


Carlos Zorrinho, ex-líder parlamentar e eurodeputado do PS

«Os eleitores que confiaram no PS não perdoarão uma troca dos seus votos por cargos de poder. Esperarão, antes, o uso desses votos para concretizar melhorias concretas na vida do País e nas suas vidas.» 


Eduardo Marçal Grilo, ex-ministro da Educação do governo Guterres

«O País está entalado. Governo à esquerda será um enorme desastre.» 


Eurico Brilhante Dias, deputado e ex-membro do Secretariado Nacional do PS

«Quem perde as eleições deve ir para a oposição. Um governo minoritário do PS que substitua um governo minoritário da coligação, tendo esta ganho as eleições, é politicamente pouco sustentável e é um governo que começa politicamente fragilizado - se assim for. O mais razoável é que a coligação e o PS cheguem a um entendimento.» 


Francisco Assis, ex-líder parlamentar e eurodeputado do PS 

«Quanto à perspectiva de se constituir uma maioria assente num apoio parlamentar dos partidos de esquerda, mantenho o cepticismo que sempre tive. Entendo que subsistem divergências de tal modo insanáveis que não vislumbro a possibilidade de se constituir um Governo de coligação – o que me parece absolutamente impensável.» 


Francisco Seixas da Costa, ex-secretário de Estado dos Assuntos Europeus

«Não tenho a menor confiança - e reivindico essa liberdade - de que seja possível garantir que o PCP e o BE sustentem, ao longo da legislatura, um apoio contínuo que, por exemplo, permita aprovar eventuais medidas, de natureza institucional ou em matéria de política financeira, que possam vir a ser indispensáveis para garantir a continuidade da nossa presença no euro.» 


Helena Freitas, deputada e cabeça de lista do PS por Coimbra

«Passos Coelho ganhou as eleições e tem todo o direito a governar. (...) Uma maioria que não se apresentou aos eleitores e portanto, para efeitos de governo, não existe, não é legítima.» 


João Proença, ex-secretário-geral da UGT

«O PS está a subverter os resultados eleitorais e isso é perigoso.» 

  
José Lello, ex-ministro e deputado do PS

«Esses indivíduos do BE e do PCP não estão a ser sérios. Há 15 dias diziam uma coisa totalmente diferente. Não vão aceitar o euro nem o Tratado Orçamental nem coisa nenhuma. Eles mudaram assim tanto?» 


José Luís Carneiro, líder do PS/Porto, a maior distrital socialista

«Quem ganha as eleições deve ter condições para governar.» 


José Vera Jardim, ex-ministro da Justiça e membro da Comissão Política do PS

«Vejo o diálogo com a coligação PSD/CDS. Com a esquerda não vejo capacidade nenhuma de diálogo.» 


Luís Bernardo, ex-assessor de António Guterres e ex-director de comunicação de José Sócrates

«O PS tem de virar a página. Terminar este seu ciclo santanista com uma liderança sustentada por uma elite que a todo o custo se quer perpetuar na política.» 


Manuela Arcanjo, ex-ministra da Saúde e ex-secretária de Estado do Orçamento nos executivos de Guterres

«O PR deverá começar por indigitar Passos Coelho mesmo que venha a existir uma moção de censura que chumbe o seu programa de governo. Alguns argumentam que tal seria uma perda de tempo. Pois que seja. 
Outros defendem que existe uma maioria absoluta à esquerda. Lamento, mas o que existe é uma maioria aritmética de deputados dos partidos que representam as diversas esquerdas.» 


Rui Paulo Figueiredo, deputado do PS

«Não acredito numa solução de entendimentos pontuais do PS com os partidos de esquerda.» 


Sérgio Sousa Pinto, ex-líder da JS e membro do Secretariado Nacional do PS

«Os comunistas não querem ir para o governo. Como também não o quer o Bloco. Não lhes interessa partilhar o fardo de governar. Querem um governo fraco do PS, para derrubarem quando for oportuno.» 


Teixeira dos Santos, ex-ministro das Finanças dos executivos Sócrates

«Pelo maior alinhamento que existe nas questões europeias entre a coligação [Portugal à Frente] e o PS, diria que à partida um acordo que envolvesse estas forças políticas teria maior probabilidade de garantir estabilidade.» 


Vasco Cordeiro, líder do PS-Açores e presidente do Governo Regional açoriano

«Mais importante do que os resultados das construções técnico-jurídicas de transformação de votos em mandatos, é o respeito pela vontade popular. E a vontade do povo, da mesma forma que foi clara nos Açores, foi clara a nível nacional.» 


Vital Moreira, constitucionalista e ex-deputado do PS

«Trazer o PCP e o BE para a esfera do governo pode ser uma receita para o desastre.» 


Vitalino Canas, deputado do PS

«Não ouvi do BE ou do PCP uma única palavra da linha europeia. Esse é uma parte essencial do programa do PS. Vale a pena estabelecer linhas de actuação: o PS estabeleceu as suas, outros partidos não o fizeram.» 


Vítor Ramalho, membro da Comissão Política do PS

«A direita, tendo tido mais votos que o PS, deve governar.»

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