segunda-feira, 28 de março de 2011

Patrício de John Bull em Portugal

Para uma visita de três dias a Portugal, chega hoje a Lisboa, de braço dado com Camilla Parker Bowles, o principe Carlos de Inglaterra, que, para as revistas cor-de-rosa, e à boca pequena, não conseguiu ser o companheiro ideal da bela Diana, falecida em Paris, nas circunstâncias que se pensam conhecer.


Seja, sejam bem-vindos, principe Carlos e Camilla Parker!


Nada a dizer acerca da vossa vinda a Portugal. O que havia para dizer sobre as relações bilaterais entre Portugal e a Inglaterra, escreveu-o, em data própria, Ramalho Ortigão no seu livro John Bull.


Agora, quando muito, haveria que reconsiderar vários aspectos dessas relações à luz das novas realidades europeias, mas isso, convenhamos, é coisa demasiadamente importante para ser abordada aqui, num banco de jardim. Eu bem sei que, há por aí "tratadistas" que qualquer pedaço de NET lhes serve para a catedra... A mim, no entanto, que não sou de FACEBOOK para aquilo que é do coração, nem de blogue fora do que o tenho como excelente (é só fazer uma amostragem do escrito em mais de 1800 posts que aí andam já com o M.A. no final...), o que me traz hoje, agora, a este espaço, é, se ainda vou a tempo, uma breve nota acerca do estado em que possa estar o percurso a percorrer, nomeadamente, em Lisboa, por Suas Altezas Britânicas.


Explico-me melhor: quando a rainha Isabel II, mãe, como se sabe, do princípe Carlos, que agora nos visita, esteve a primeira vez em Portugal, desembarcou, simbolicamente, no Cais das Colunas e a seguir, de carro, subiu a nossa avenida da Liberdade, na altura (1957) em obras por força da construção dos túneis do metropolitano de Lisboa. Ora...


Ora (eu trabalhava, na altura, no Diário de Notícias - avenida da Liberdade, 266, a dois passos do Marquês, como se sabe) o que se passou foi o seguinte: a mui digna e nobre Câmara de Lisboa, para disfarçar as obras do Metro, então em curso, teve uma ideia brilhante: colocou, entre o cruzamento da rua Alexandre Herculano e a avenida da Liberdade até à rotunda do Marquês, vasos com altíssimos arbustos que, a um tempo, tapavam os matacões das obras em curso e alindavam, qual festa, o percurso obrigatório da comitiva de Sua Majestade e de Seu Bem-Amado Esposo.


Porquê esta alusão ao passado? - perguntar-se-á. É simples: acordei preocupado com o que, para parecer bem, vamos conseguir fazer para evitar que se vejam os podres que temos vindo a acumular, não só em Lisboa, como no resto do país ... Haverá , por exemplo, nos armazéns da banca, vasos suficientes para encobrir, por exemplo, o nosso descoberto?... É só um exemplo. Duvido.


Quando Isabel II, de Inglaterra, esteve em Portugal, além do truque dos vasos, Craveiro Lopes, então presidente da República Portuguesa, ajudou a "safar" a coisa, falando de cavalos, que era tema de agrado certo da rainha.


 Mas agora? Será que, por exemplo, temos alguém especializado em bestas?... Bestas, animais ...


Seja o que Deus quiser. Welcome!

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