quarta-feira, 23 de março de 2011
Rever Sophia de Mello Breyner, na Biblioteca Nacional
Se todo o ser ao vento abandonamos
E sem medo nem dó nos destruímos,
Se morrermos em tudo o que sentimos
E podemos cantar, é porque estamos
Nus em sangue, embalando a própria dor
Em frente às madrugadas do amor.
Quando a manhã brilhar refloriremos
E alma possuirá esse esplendor
Prometido nas formas que perdemos.
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