sexta-feira, 4 de março de 2011

Sydney Town Hall (Austrália) - um caso a pedir inquérito

Homem sério, afável, ex-bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, em Lisboa, responsável, durante décadas, pela afinação e manutenção do órgão do Sydney Town Hall, Manuel da Costa, está na Austrália, a ser vítima, desde 2009, de "conflito de interesses, projectos ocultos, éticas desrespeitadas, faltas de palavra, falta de honestidade e respeito" inadmissíveis.


De uma entrevista que me deu, nos arredores de Sydney, transcrevo, a propósito, uma passagem significativa:

"(...) O órgão tem que estar sempre preparado... De vez em quando chegam organistas do estrangeiro que querem tocar naquele órgão e temos que ter tudo em ordem para poder servir... Se há um mês em que trabalho menos, também há outro em que tenho que trabalhar duas ou três semanas. De qualquer modo, a minha prioridade quanto a trabalho é o Town Hall. De resto, mantenho-me sempre pronto a atender qualquer emergência... Aliás, nós aqui costumamos dizer que este órgão é como a Torre de Sydney que, quando se acaba de pintar e restaurar de um lado, já temos que voltar ao princípio e recomeçar a pintura... Aquilo não é só madeira, são, sobretudo, peles que, como os sapatos, não duram toda a vida, vão ressequindo e apodrecendo e é preciso substituí-las..."

Exmas. Autoridades Portuguesas, quem está, entre nós, disponível para defender os portugueses dos eventuais atentados de que possa ser vítima a sua dignidade, enquanto profissionais com larga experiência e "curriculum"?

Pelos modos, estamos em presença de um caso de mão-de-obra altamente especializada que,  comida parte da carne, querem, cegamente, pôr de lado...

No plano das relações externas relacionados com a prestação de trabalho além-fronteiras, que podem "os nossos" fazer "pelos nossos"? Nada? Se alguma coisa, o quê?  Indague-se. A vítima é Manuel da Costa. MANUEL, sim, não um qualquer sr. Smith... É um técnico português altamente especializado, dos que Portugal, actualmente, precisa, mas a que não consegue dar trabalho...

Aí está. Emigrou. E agora?

NOTA: como é óbvio, não há limites para o trânsito deste "post". Espero que seja lido e parcela do que é importante defender.

Reencaminhe-se, portanto, o conteúdo, se isso for possível.

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