quarta-feira, 5 de agosto de 2015

MACAU: detidos grafiteiros


by Ponto Final
Grafiteiros01 A investigação da PJ foi motivada pela queixa do Instituto Cultural e os cinco detidos aguardam agora julgamento pelo crime de dano qualificado.
Rodrigo de Matos
"A Polícia Judiciária (PJ) deteve anteontem os cinco indivíduos responsáveis pelos grafítis a negro que apareceram em meados do mês passado nos muros exteriores de dois edifícios na Calçada da Igreja de São Lázaro, classificados como património da cidade. As paredes continuam, para já, à espera de uma intervenção de restauro que deverá custar milhares de patacas.
O caso surgiu a 11 de Julho, quando os muros amarelos da Galeria 10 Fantasia e do edifício em frente, o número 23, nas escadarias mesmo ao lado do Albergue da Santa Casa de Misericórdia de Macau, amanheceram manchados com as toscas e crípticas inscrições a spray de tinta negra “BLS”, “I, IV, VII, BL$ STREET”, entre outras, num total de sete gatafunhos que muito dificilmente poderiam ser considerados “arte urbana”.
Ambos os edifícios pertencem a um conjunto classificado como património histórico, pelo que o Instituto Cultural (IC) resolveu apresentar queixa na PJ no dia 20, motivando o início da investigação policial.
Da lata de cerveja para a de tinta
A polícia recorreu às imagens de videovigilância para identificar os indivíduos envolvidos no acto: cinco homens, com idades entre os 20 e os 30 anos, entre residentes de Macau e trabalhadores não-residentes, incluindo um funcionário de administração de edifícios, um limpador de automóveis e três trabalhadores de hotel.
“São cinco amigos que moram perto do local e costumam sair sempre por volta da meia-noite para beber umas cervejas nas escadas”, revelou Chan Cho Man, porta-voz da PJ, ontem em conferência de imprensa extraordinária. “Dez dias antes do crime, um deles adquiriu o spray de tinta, em princípio já tendo em mente a ideia de cometer o acto. Até que, naquela noite, os cinco beberam muito e já deviam estar meio afectados pelo álcool quando usaram a tinta para escrever nas paredes”, explicou, adiantando que quatro deles já confessaram ter participado no acto, enquanto um continua a negar ter estado envolvido. Os cinco aguardam julgamento pelo crime de dano qualificado.
Até ao momento, as marcas de tinta ainda não foram removidas, mas a PJ adianta que a operação de reparação nos dois edifícios deverá rondar as 21 mil patacas, aproximadamente."

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