terça-feira, 4 de agosto de 2015

MACAU-Receitas dos casinos continuam a cair mas afastam austeridade

Screen shot 2015-08-04 at 10.01.27 AMJulho foi o 14º. mês consecutivo de quedas nas receitas brutas de jogo dos casinos, mas o Governo descarta para já a aplicação de medidas agressivas de contenção nas despesas públicas.
"As receitas arrecadadas nas salas de apostas dos casinos de Macau durante o mês passado ficaram-se pelos 18,61 mil milhões de patacas, o que representa uma queda de 34,5 por cento relativamente a Julho de 2014, segundo os dados publicados ontem pela Direcção de Inspecção e Coordenação de Jogos (DICJ). Os grandes apostadores chineses continuam a manter-se afastados da capital mundial do jogo, mas ainda assim, o decréscimo é ligeiramente menos acentuado do que o verificado no mês anterior, pelo que o Governo afasta o cenário de austeridade nas contas públicas no curto prazo.
A queda homóloga de 34,5 por cento é menos acentuada do que a verificada em Junho (36,2 por cento) e dentro do que esperavam os analistas, que previam um número entre 34 e 35 por cento. Apesar de se somarem já 14 meses consecutivos de quedas nas receitas de jogo, os decréscimos homólogos mensais têm vindo gradualmente a reduzir de intensidade mês a mês desde Fevereiro – quando a quebra foi de 48,6 por cento – o que parece revelar uma tendência de recuperação, ainda que lenta.
Em resultado disso, a queda na receita bruta acumulada desde o início do ano (que em Abril e Maio chegou a ser de 37,1 por cento) teve uma ligeira recuperação e situa-se agora nos 36,7 por cento. Após o sétimo mês do ano, a receita bruta acumulada em 2015 é agora de 140,26 mil milhões de patacas, comparativamente aos 221,5 mil milhões registados pela mesma altura em 2014, de acordo com os dados da DICJ.
O secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, já reagiu à divulgação dos novos números e realçou que o montante das receitas brutas do jogo continuava a situar-se, para já, num nível superior ao patamar médio mensal de 20 mil milhões de patacas previsto na Lei da Revisão do Orçamento de 2015. Assim sendo, de acordo com um comunicado divulgado pelo seu gabinete, “neste momento, é ainda e provisoriamente desnecessária a aplicação de medidas de austeridade em relação às finanças públicas”.
No entanto, sublinha o secretário, caso se verifique uma inversão da tendência e, nos meses que faltam do ano, as receitas caiam abaixo do patamar médio referido, o Governo está preparado para aplicar “de imediato” as medidas de austeridade julgadas necessárias para equilibrar as finanças públicas e que, reitera, “não vão afectar as despesas anunciadas em prol do bem-estar da população, incluindo as relacionadas com a comparticipação pecuniária deste ano e com o Plano de Investimento e Despesas de Desenvolvimento da Administração (PIDDA)."

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