segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Cartas do meu avô


Alarmado com as notícias que todos os dias passei a ver nos jornais com "novos olhos", pouco depois de a Mónica ter completado 16 anos, decidi, independentemente das conversas que tinhamos, começar a escrever-lhe cartas, cartas simples que fossem assim uma espécie de alertas para a sua aproximação à maioridade.

Escrevi-lhe não sei quantas até ela completar 18 ANOS (a Mónica é (a) minha neta. Consultada, mais atrás, a ficha deste "internauta", subentende-se, decerto...). Por agora não as vou divulgar aqui. Talvez uma editora as queira mostrar e, assim, "pagar-lhe" um mestrado... Mas isso é outra história...

Para já, o que posso, gostosamente, registar neste espaço aberto é que, o que era uma colecção de Cartas à Minha Neta é agora um volume de Cartas do Meu Avô. Por decisão da rapariga, note-se.

Entretanto, quero testemunhar na NET, sem novidade, acredito, que, num mundo carente de tranquilidade, continua a ser preciso confirmar todos os dias valores essenciais. E dizê-los à juventude. Se há ou não editores que acompanhem depois este objectivo, logo se verá (há que ter em conta que, numa visão de puro mercado, a caixa registadora se pode entrepor aos bons propósitos... Até de avós editores... E gente que se diz amiga...Dos jovens...).

De momento, o que talvez deva fazer, o que vou fazer, é, pouco a pouco, lembrar a quem venha à RUA DO JARDIM, pedaços, apenas pedaços, do muito que, negativo, se passou no mundo entre os 16 e os 18 anos da minha neta. O contexto. Isso, o contexto. A justificação, se quiserem, do que, nas Cartas, foi saindo da caneta...Foi trabalho de algumas, de largas semanas na Hemeroteca de Lisboa.

Para não assustar, aí vão, hoje, apenas, apenas três das muitas notícias que me, que nos, ameaçaram...


"A polícia columbiana descobriu, a 160 km de Bogotá, um centro de formação de assassinos profissionais, onde foram encontrados os corpos de 80 pessoas torturadas"

"As três enfermeiras do hospital público de Viena confessaram ter morto, desde 1983, 44 pessoas através da administração de doses elevadas de insulina e do emprego da força (...). Uma quarta enfermeira, de 49 anos, foi, entretanto, presa ontem...(...)Os "anjos da morte", detidos na quinta-feira sob a acusação de assassínio, começaram a preparar o seu plano macabro em 1982, utilizando não somente grandes doses de insulina, como barbitúricos e água para se desembaraçarem dos doentes acamados, com uma média de idades entre os 75 e os 80 anos de idade."

"Dois peruanos "ganhavam a vida" a apanhar preservativos usados para, de seguida, vendê-los ao "preço da chuva" nas ruas e bordéis de Lima. Juan Cordova e José Gasman dedicaram-se a recolher os preservativos das praias e, depois de lavados, vendiam-nos como novos."


Em próximas intervenções, direi mais...

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