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Um filme.
A propriedade horizontal.
O Jardim Zoológico de Lisboa.
O filme: Tango. Animação polaca, galardoada com um Óscar, em 1983.
Visto por Joana Ascensão: "... por uma sala retratada em plano frontal (...) desfilarão as várias personagens que realizam sequências de gestos repetitivos, que se acumulam no interior do quadro.Uma bola é projectada para o interior da sala através de uma janela aberta. Uma criança trepa pelo vão da janela , entra na sala deserta, apanha a bola e volta a sair pela janela. Esta bola e estes gestos (...) iniciam um movimento incessante, uma vez que a criança repetirá este mesmo esquema vezes sem conta. Mas o que começa por ser uma acção de uma personagem isolada é rapidamente acompanhada por outra acções de novas personagens que invadem o "palco", como que programadas para repetirem os mesmos gestos ininterruptamente..."
A propriedade horizontal: algures, na periferia de Lisboa.
Estava a animação polaca a ser galardoada, quando morreu, com 17 anos, o cão que a minha filha recolheu na propriedade horizontal em que vivia. Foi um cão feliz, penso, e acarinhado pelos dez moradores do prédio. Entretanto, passaram mais de duas décadas, chegaram caras novas (e animais novos). Dizem bom dia e boa noite umas às outras, não se ouvem animais ladrar (consta que há quem tenha gatos...) todas vão, presumo, diariamente à caixa do correio, mas...
Jardim Zoológico: o de Lisboa.
Modernizou-se. A relação bichos-gente ganhou com as "animalizadas" habitações construídas. As relações públicas e privadas, entre as espécies, acredito, melhoraram.
Esperança: se os primatas estão a melhorar, talvez os meus bisnetos, mesmo a viver em prédios que arranhem o céu, tenham um futuro..."à antiga" ou, pelo menos, tão bom como o proporcionado pelo Jardim Zoológico de Lisboa à bicharada que acolhe...E que, à sua maneira, agora, tem razões para saudar, pelo menos, o vizinho do lado, cuja espécie não lhe é assim tão estranha como antigamente...Digo eu.
A propriedade horizontal.
O Jardim Zoológico de Lisboa.
O filme: Tango. Animação polaca, galardoada com um Óscar, em 1983.
Visto por Joana Ascensão: "... por uma sala retratada em plano frontal (...) desfilarão as várias personagens que realizam sequências de gestos repetitivos, que se acumulam no interior do quadro.Uma bola é projectada para o interior da sala através de uma janela aberta. Uma criança trepa pelo vão da janela , entra na sala deserta, apanha a bola e volta a sair pela janela. Esta bola e estes gestos (...) iniciam um movimento incessante, uma vez que a criança repetirá este mesmo esquema vezes sem conta. Mas o que começa por ser uma acção de uma personagem isolada é rapidamente acompanhada por outra acções de novas personagens que invadem o "palco", como que programadas para repetirem os mesmos gestos ininterruptamente..."
A propriedade horizontal: algures, na periferia de Lisboa.
Estava a animação polaca a ser galardoada, quando morreu, com 17 anos, o cão que a minha filha recolheu na propriedade horizontal em que vivia. Foi um cão feliz, penso, e acarinhado pelos dez moradores do prédio. Entretanto, passaram mais de duas décadas, chegaram caras novas (e animais novos). Dizem bom dia e boa noite umas às outras, não se ouvem animais ladrar (consta que há quem tenha gatos...) todas vão, presumo, diariamente à caixa do correio, mas...
Jardim Zoológico: o de Lisboa.
Modernizou-se. A relação bichos-gente ganhou com as "animalizadas" habitações construídas. As relações públicas e privadas, entre as espécies, acredito, melhoraram.
Esperança: se os primatas estão a melhorar, talvez os meus bisnetos, mesmo a viver em prédios que arranhem o céu, tenham um futuro..."à antiga" ou, pelo menos, tão bom como o proporcionado pelo Jardim Zoológico de Lisboa à bicharada que acolhe...E que, à sua maneira, agora, tem razões para saudar, pelo menos, o vizinho do lado, cuja espécie não lhe é assim tão estranha como antigamente...Digo eu.
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