Putamizades

Antigamente, em Lisboa, no Bairro Alto, na rua da Palma ou no Intendente, com o devido respeito pela maioria das pessoas que lá residia (em regra, gente simples e de recursos modestos), sabia-se qual era o número da porta em que "moravam" as meninas, e era lá que, os que não tinham em casa, a jeito, soluções mais económicas, resolviam as suas carências sexuais. Hoje está tudo facilitado: para além de se terem "democratizado"os locais públicos, temos agora, não as montras de Amesterdão, mas, no meio de extensíssima maioria de gente boa, entre outros sofisticados meios, o FACEBOOK, com, de vez em quando, os seus, mais ou menos, camuflados, "convites à valsa"... Olhem, só eu, (que já tenho idade para ter juízo), de ontem para hoje, recebi dois...

Vou aos dicionários:

"AMIZADE: acordo, afecto, afeição, agrado, amiçade, amicicia, amicidade, amigança, amistade, amistança, amor, apego, atracção, benefício, benevolência, cabida, carinho, comunicação, coração, cordialidade, dedicação, desvelo, dilecção, entrada, entranhas, estima, familiaridade, favor, graça, inclinação, inteligência, ligação, mancebia, paz, predilecção, séquito,serviço, simpatia, ternura, trato, união."

Vendo bem, FACEBOOK sintetizou. Mas, sem querer, pelos modos, incluiu no dicionário a excepção: putamizades. Um neologismo.

É preciso estar atento. É que pode haver SIDA nisto... E, ao contrário de parte das"meninas do antigamente", sobre as putamizades não sei se há controlo sanitário...

Fica o apontamento. Higiénico. Sem pretender ser profilático. É um registo. De uma época. Agora, por exemplo, o Bairro Alto é bom para...para os copos... E, dizem-me, para os engates descontraídos...

"Mudam-se os tempos..."