sábado, 17 de março de 2012
As fotomontagens e o Zé
Numa altura em que, "inspirado" no diz tu, digo eu que mantenho neste Jardim à beira lago plantado, somo, como creio que já vos disse, cerca de 2500 "conversas", a que comparecem tanto jovens como outros que não são uma coisa nem outra, mas, em regra, são desempregados ou estudantes. Entretanto, há uma coisa que ainda não percebi: se votam, em que partido o fazem. Bem sei que é segredo, mas, com o andar das conversas, poderia ser que ... NADA!... Ninguém se descose. E, talvez por isso, eu também não. Mas há um pormenor que, não obstante não passar disso, se nota bastante: é que há quem, à chucha calada, só apareça enquanto a "conversa" lhe quadra ...
Se por acaso se larga aqui uma piada, directa ou indirecta, a determinada cor, ou tom, surge logo quem, cumprimente na mesma muito bem (falo da regra), mas esteja dias e dias sem aparecer, ou, pura e simplesmente, desapareça e vá, por exemplo, instalar-se no jardim do elogio familiar, que é aqui ao lado num espaço a que, genericamente, apelidam de redes, redes qualquer coisa ...
Ora, estejam à vontade: no Jardim, também há redes, claro, só que são de malha muito larga. Quem chega partido, sai inteiro. Larga a sua opinião e não precisa de fugir ...
Porquê esta conversa? Porque sim: aqui não há temas tabú. Por exemplo, as fotomontagens não são ditadas por cores ... Nascem de oportunidades, mas, se querem que vos diga, nas estatísticas, passam um pouco ao lado nas preferências ... O que é mau sinal. No fundo, às vezes, parece que temos necessidade de várias democracias, talvez mesmo uma para cada utente do Jardim ...
É claro que nada do que fica escrito é importante para a "vida nacional". Mas ... mas, cuidado, com uma pequena ampliação, pode dar ... pode dar o país que vamos tendo ... E de que, a seguir, nos queixamos amargamente: "bandidos, malandros!..."
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